domingo, abril 08, 2012



A ODONTOLOGIA ESTÉTICA
       Os cuidados com a aparência nunca esteve tão em alta como nos dias atuais. Afinal, seja em um ambiente profissional ou social uma boa aparência é sinônimo de status, auto-estima, beleza e sucesso. Ao lado da busca do ideal de beleza, muitos recorrem aos tratamentos dentários com o propósito de corrigir imperfeições e com isso, embelezar o sorriso. Objetivando atender aos anseios é que surgiu a Odontologia Estética, uma área da Dentística que compreende procedimentos diversos, os quais buscam proporcionar ao paciente um sorriso mais harmônico e condizente com suas características “biopsicofaciais”. 
        A “Estética do Sorriso” mais especificamente engloba a região dos dentes e gengiva que expomos quando falamos ou sorrimos e representa o nosso cartão de visitas. Quando ocorre uma falta de harmonia ou de estética no sorriso, muitas vezes torna-se um problema que constrange e reprime as pessoas. Por isso, o tratamento odontológico não apenas se resume à recuperação estética e funcional dos dentes, mas vai além ao proporcionar a satisfação e elevar a auto-estima do paciente.
        Dentre os vários procedimentos estéticos podemos citar o clareamento dental, as restaurações estéticas (resinas e facetas laminadas), as próteses adesivas e os implantes osseointegrados.
       Os agentes clareadores, por exemplo, nos permitem clarear dentes escurecidos e deixar dentes naturais mais brancos em minutos, tornando a face do paciente mais atraente e melhorando significativamente a sua auto-estima. O Clareamento Dental, como é chamado o método que utiliza agentes clareadores, é uma técnica conservadora com eficácia comprovada que pode ser aplicada isoladamente ou em associação com tratamentos restauradores. A seleção da técnica leva em conta, principalmente, a causa do manchamento ou escurecimento.
       Com as resinas de fórmula avançada foi possível reproduzir com perfeição cores e outras características da estrutura dental natural, criando restaurações altamente estéticas. Estes materiais, também favorecem a resolução simplificada de diversos casos de diastemas (são os casos em que os dentes encontram-se pouco ou muito afastados um do outro), dentes conóides (são dentes que devido à sua má formação apresentam-se de tamanho e forma diferentes de um dente normal), má posição dental (quando o dente está fora da posição habitual) e dentes fraturados. Além disso, as resinas têm sido aplicadas também em dentes posteriores em substituição ao amálgama. As facetas laminadas, por sua vez, são restaurações colocadas na parte vestibular (frontal) dos dentes. A depender do caso, podem ser feitas com resina (diretamente na boca), resina preparada em laboratório, ou ainda com porcelana. A faceta laminada é recomendada após o clareamento ter sido realizado sem sucesso ou em dentes com severa alteração de cor. Também está indicada em dentes excessivamente restaurados na face frontal e nos casos em que há a necessidade de recuperar as características anatômicas de dentes malformados.
        E para finalizar, existem as próteses adesivas e os implantes, estes últimos constituem-se em uma moderna solução no planejamento protético de pequenos e grandes espaços edêntulos (sem dentes) anteriores ou posteriores. As próteses adesivas requerem mínimo desgaste dental, o qual é necessário para a colocação e ajuste da prótese. Enquanto que os implantes são colocados de forma cirúrgica nos espaços, substituindo os elementos dentais ausentes, e, por conseguinte, proporcionam resultados estéticos excelentes além de melhor higienização dos tecidos moles e duros da boca.
       Preservar a saúde dos dentes e das estruturas que os rodeiam como a gengiva e o osso através da higiene bucal diária é um aspecto fundamental a ser levado em conta no tratamento estético. Portanto, a Odontologia Moderna através dos avanços tecnológicos disponíveis oferece diversos recursos para a reabilitação oral estética e funcional. E o que é mais importante, devolve ao paciente a harmonia e a beleza que se revelam pela energia contagiante de um sorriso.
                    Dra. Wanessa Aras
Hipersensibilidade Dentinária: “Dentes Sensíveis”

             A hipersensibilidade dentinária é um fenômeno no qual há uma sensação dolorosa nos elementos dentários diante de estímulos externos e comumente é entendida por “dentes sensíveis”. É uma manifestação que acomete boa parte da população, sendo unânime entre os pesquisadores o fato de que a hipersensibilidade dentinária atinge 1 em cada 7 pacientes adultos e a grande maioria tem idade entre 20 e 40 anos, com o pico de maior ocorrência situando-se no final da terceira década de vida. Muitas pessoas costumam relatar uma “dor de dente” sem ter qualquer sinal de cárie, fratura ou doença aparente. Geralmente, a dor se localiza na região do dente próxima à gengiva ou no “colo do dente”. Além de causar desconforto bucal, cria uma série de inconvenientes na vida psicosocial do indivíduo, podendo levá-lo a restrições alimentares.
             Por que os dentes ficam sensíveis? A coroa (parte visível do dente ou exposta na cavidade bucal) é revestida por uma camada resistente, protetora e insensível aos estímulos chamada “esmalte”. Enquanto que a raiz (parte do dente que fica abaixo da gengiva), é recoberta por outra camada de proteção denominada “cemento”. Quando uma destas camadas sofre desgaste acentuado, expõe a dentina que é um tecido dentário rico em terminações nervosas e estas, então, ficam submetidas diretamente a uma grande variedade de estímulos, provocando dor. Tal sensibilidade aparece durante a ingestão de alimentos frios, quentes, doces, cítricos e no momento da escovação, e tem curta duração, pois cessa logo após a remoção do estímulo. A exposição da superfície dentinária pode ocorrer devido a vários fatores: abrasão (provocada pela escovação forçada); erosão (causada pelo consumo excessivo de bebidas ou alimentos ricos em ácidos como refrigerantes, sucos cítricos e frutas); atrição (causada pelo bruxismo, hábitos parafuncionais ou estresse oclusal); problemas periodontais, etc. Determinadas patologias, como a bulimia, a anorexia nervosa e o refluxo gastroesofágico causam erosões dentárias em virtude do ácido presente no suco gástrico que retorna à boca. Além disso, o hipertireoidismo e a xerostomia (redução do fluxo salivar) também ajudam a degradar as estruturas dentárias. Em alguns indivíduos, alguns dos fatores citados anteriormente podem estar associados da seguinte forma: o contato errado entre os dentes (problema oclusal) provoca fadiga na região do colo e conseqüentemente, ocorrem pequenas trincas ou fraturas no local, os alimentos ácidos, por sua vez, dissolvem o esmalte fragilizado e a escovação executada com força termina por removê-lo mecanicamente. Existem ocasiões em que apenas o ato de escovar leva à exposição dentinária. É o trauma por escovação o qual resulta da utilização de escovas de cerdas duras associada ao uso de pastas dentais abrasivas, realizando técnicas de higienização inadequadas.
            Existe tratamento para a hipersensibilidade dentinária? Sim. Porém, é preciso, inicialmente, que o dentista seja consultado a fim de avaliar de forma criteriosa e identificar as possíveis causas da sensibilidade. E a partir daí, com base em um diagnóstico correto, o profissional poderá executar os procedimentos odontológicos mais apropriados. O tratamento da hipersensibilidade dentinária envolve, basicamente, o uso de produtos dessensibilizadores, restaurações de resina ou outro compósito e ajustes oclusais. Além disso, caberá ao paciente seguir as orientações de higiene bucal, principalmente com relação à técnica correta de escovação, e utilizar escovas macias e dentifrícios que contenham agentes dessensibilizantes.
                                               Dra. Wanessa Aras

A Páscoa e o Sorriso

Queridos amigos,
Publico matéria assinada pela Associação Brasileira de Odontologia (http://www.abo.org.br/saladeimprensa/2012/saladeimprensa2012-3.php) que faz um importante alerta aos consumidores vorazes de chocolates. Feliz Páscoa!!! 
Dra. Wanessa Aras
Semana da Páscoa, semana da cárie. Previna-se!
Você sabia que bastam apenas 15 minutos para que a placa bacteriana comece a agir na boca? Por isso, na Páscoa, quando a celebração da vida tem como símbolo ovos de chocolate, é preciso não descuidar da saúde bucal.
O consumo de chocolate é cada vez maior no Brasil. O País já se tornou o terceiro maior produtor mundial do produto, atrás somente dos Estados Unidos e da Alemanha. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Cacau, Chocolate, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), em 2010 (último levantamento), foram consumidas 562 mil toneladas do doce. Na Páscoa, as vendas crescem bastante. Mas o hábito de comer chocolate, se não estiver acompanhado de uma boa higienização bucal, aumenta o risco de cárie, transformando o prazer em doença e sofrimento. Com a aproximação da data, a Associação Brasileira de Odontologia (ABO Nacional) alerta para os riscos do consumo exagerado de açúcar sem os devidos cuidados com a saúde bucal.

A Semana Santa combina com chocolate. Não dá para abrir mão desse prazer. Para não estragar a Páscoa e manter a saúde bucal mesmo com a alta ingestão de chocolates e guloseimas, é importante não descuidar da limpeza da boca. Você sabia que bastam apenas 15 minutos para que a placa bacteriana comece a agir? Por isso, qualquer ingestão de alimento precedida de mastigação, especialmente as de produtos ricos em sacarose, aumenta o risco de cárie se não acompanhada da escovação dos dentes e do uso de fio dental. Sendo assim, a escovação precisa ser feita até 15 minutos depois de o chocolate ser ingerido, especialmente antes de dormir, já que o fluxo salivar, que ajuda na limpeza, diminui durante o sono.

Escolha do chocolate
A escolha do chocolate também é importante para a saúde bucal. Os meio amargos e ao leite têm menos açúcar e oferecem menos “matéria-prima” para as bactérias da boca produzirem o ácido que causa a cárie. Os chocolates sem recheio também são menos prejudiciais, pois grudam menos no dente e são mais fáceis de serem removidos.
Por falar nisso, quem usa aparelho ortodôntico deve redobrar o cuidado, pois as peças coladas nos dentes, os anéis cimentados nos posteriores, fios e acessórios fazem com que aumentem as áreas de retenção dos alimentos, provocando, assim, maior acúmulo de placa bacteriana. Para estes casos, os especialistas recomendam uma escovação ajustada individualmente pelo cirurgião-dentista. A escovação em vai-e-vem deve ser evitada, pois machuca a gengiva e provoca erosão nos dentes. Já os movimentos no sentido da gengiva para os dentes ajudam a remover a placa e a manter a gengiva saudável.
Apesar dos riscos que seu consumo exagerado acarreta à saúde bucal e a qualquer dieta, o chocolate também proporciona benefícios ao organismo. Com seu alto poder oxidante, estimula a produção do neurotransmissor feniletilamina, combate a insônia, e dá a sensação de bem-estar. Por isso, a tradição de comer ovos de chocolate na Páscoa pode ser mantida e pode ser saudável, mas é importante não descuidar da saúde bucal!